𦨠O DIA EM QUE O GAMBà FICOU CHEIROSO


(Ou: como os bandidos travestidos de polĂticos tentam enganar o povo com perfume barato)
Era uma vez… um gambĂĄ.
Isso mesmo. Um gambĂĄ cansado de ser rejeitado, ignorado, escorraçado da sociedade por causa de seu âcheiro peculiarâ. Um dia, ao ver uma propaganda polĂtica, o bichinho teve uma ideia: â “Se atĂŠ eles conseguem enganar tanta gente, por que eu nĂŁo posso?”
E lå foi o gambå: passou talco, desodorante de aerosol, perfume francês comprado na promoção da farmåcia (aquele que arde mais que ågua sanitåria no olho). Vestiu um terno emprestado, colocou um sorriso falso no focinho e subiu no palanque improvisado.
â âBom dia, minha gente! Eu lutei muito para estar aqui. Vim de baixo, do esgoto mesmo…â
NinguĂŠm duvidou.
Prometeu escola, prometeu hospital, prometeu que nĂŁo ia mais feder. Jurou que tinha mudado, que agora era cheiroso de alma. E teve gente que acreditou. Afinal, ele estava limpo por fora. O problema era… o dentro.
O cheiro da corrupção, meu amigo, nĂŁo sai com banho. E o gambĂĄ polĂtico, por mais que se perfume, por mais que finja ser flor, sempre volta a se roçar no lixo das licitaçþes superfaturadas e dos esquemas de verba desviada.
Os anos passaram, e o gambĂĄ virou deputado. Depois prefeito. Depois senador. E, veja sĂł… agora quer ser presidente. Continua com o mesmo perfume velho tentando esconder o carĂĄter podre.
Mas o povo jå sacou. A måscara caiu. E ficou a lição:
Perfume não tira o cheiro de corrupção em corrupto nato.
Quem tem nariz sabe. E quem tem coragem… denuncia.
Com vocĂŞ, RobertĂŁo Chapa Quente, direto da trincheira da verdade! đĽđ§đˇ