Operação contra lavagem de dinheiro ligada ao PCC chega a Mogi Guaçu
 
					
Mandados também são cumpridos em Campinas e Artur Nogueira; ação é desdobramento de investigações que miram chefes do tráfico e empresários suspeitos
Publicado em 30/10/2025 às 08:33
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Campinas e o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) da Polícia Militar deflagraram, na manhã desta quinta-feira (30), uma operação contra um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), com cumprimento de mandados em Mogi Guaçu, Campinas e Artur Nogueira. A ação é um desdobramento das operações “Linha Vermelha” e “Pronta Resposta”, que investigaram planos da facção para assassinar um promotor de Justiça em Campinas, segundo informações do g1 Campinas.
Ao todo, foram decretadas nove prisões preventivas e 11 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de 12 imóveis de luxo e de valores em contas bancárias. Durante o cumprimento dos mandados em Campinas, houve confronto entre policiais e um dos investigados. O suspeito morreu no local, e um policial militar foi baleado e levado ao Hospital de Clínicas da Unicamp, onde segue internado.
Os alvos da operação incluem empresários, agiotas, influenciadores digitais e integrantes do PCC suspeitos de movimentar grandes somas para disfarçar a origem de recursos obtidos com o tráfico de drogas. Entre os principais nomes citados nas investigações estão Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como “Mijão”, e Álvaro Daniel Roberto, o “Caipira”, ambos considerados dois dos traficantes mais procurados do país e foragidos há anos.
Outro investigado é Eduardo Magrini, o “Diabo Loiro”, apontado como membro importante do PCC e preso nesta quinta-feira. Nas redes sociais, ele se apresentava como produtor rural e influenciador, exibindo uma rotina de luxo com carros importados e viagens internacionais.
De acordo com o Ministério Público, a quadrilha utilizava empresas e negócios aparentes para lavar o dinheiro do tráfico, além de realizar transações imobiliárias para ocultar os verdadeiros proprietários dos bens. As investigações indicam que “Mijão” e “Caipira” estariam escondidos na Bolívia e que os lucros eram remetidos a partir de operações na chamada “Rota Caipira”, que liga o interior paulista à fronteira com o Paraguai e a Bolívia, rota tradicional de escoamento de cocaína destinada à Europa.
A ofensiva marca mais um capítulo da série de operações deflagradas neste ano contra o crime organizado no interior paulista. Em Mogi Guaçu, a Polícia Militar confirmou o apoio às equipes do Gaeco no cumprimento das medidas judiciais.
Fonte: Portal da Cidade Mogi Mirim


 
			 
			 
			 
			 
			