GAECO E POLÍCIA MILITAR DESARTICULAM ESQUEMAS DE LAVAGEM DE DINHEIRO DO TRÁFICO DE DROGAS

Entre os investigados estão integrantes do PCC, empresários, agiotas, influencers e dois dos maiores traficantes de drogas do Brasil
Nesta manhã, o GAECO e o 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia de Campinas deflagraram a Operação Off White com o objetivo de combater esquemas de lavagem de dinheiro operados por empresários, traficantes de drogas e integrantes do PCC. A partir do material coletado durante as Operações Linha Vermelha e Pronta Resposta, os promotores de justiça detectaram sólidas conexões entre conhecidos traficantes, integrantes do PCC e empresários. Essas conexões revelaram diversas transações econômicas nas quais a origem criminosa dos valores negociados havia sido ocultada ou dissimulada pelos envolvidos. Através da investigação, foi apurado que os investigados vinham, há anos, amealhando capital e patrimônio oriundo do tráfico de drogas. E, para ocultar a origem ilícita desses valores, vinham utilizando diferentes estratégias e artifícios, incluindo a mescla dos valores decorrentes do tráfico de drogas com valores provenientes de atividades empresariais lícitas. Contudo, em dado momento da existência do grupo criminoso, iniciou-se uma série de desavenças negociais entre seus membros, potencializadas pelas Operações Linha Vermelha e Pronta Resposta. Foi justamente nesse contexto que os investigados concretizaram diversas transações imobiliárias e financeiras visando a dissipar seu patrimônio e a ocultar os verdadeiros beneficiários e a origem criminosa dos bens e valores. Contudo, o GAECO conseguiu identificar os esquemas para lavagem de dinheiro que os investigados empregaram. Confirmada a prática reiterada de crimes de lavagem de dinheiro e a estabilidade da organização criminosa em questão, o GAECO postulou ao Poder Judiciário diversas medidas para coibir o esquema delitivo. O Juiz de Direito da 4a Vara Criminal da Comarca de Campinas, Dr Caio Ventosa Chaves, acolheu os pedidos do GAECO e expediu 9 mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão, além de determinar a aplicação de outras medidas cautelares e o sequestro/bloqueio de 12 imóveis de alto padrão e de valores existentes em instituições bancárias. Além das medidas já adotadas, os trabalhos de investigação prosseguem para a apuração de outros esquemas de lavagem de dinheiro e para a identificação de outros envolvidos com o grupo.

