ROBERTÃO CHAPA QUENTE QUESTIONA E FAZ O BRASILEIRO SE LEMBRAR – Anistia seletiva? O debate que incomoda o Brasil


No Brasil, a palavra anistia carrega um peso histórico. Já foi usada para perdoar crimes políticos cometidos durante períodos sombrios do país. Curiosamente, muitos que hoje ocupam posições de destaque na política nacional — inclusive na esquerda — foram beneficiados por esse perdão no passado, mesmo tendo participado de assaltos a banco, sequestros e atos classificados como terrorismo.
A contradição começa a surgir quando se observa a resistência em discutir o mesmo tipo de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Para uns, são vândalos. Para outros, são manifestantes que extrapolaram. Mas, independentemente da classificação, o debate sobre uma possível anistia tem sido tratado de forma desigual.
Por que a indulgência valeu para uns e não pode sequer ser cogitada para outros? A pergunta que ecoa nas ruas, nas redes e no Congresso é clara: a anistia no Brasil é um direito histórico ou um privilégio ideológico?
Enquanto isso, o país segue dividido entre narrativas e julgamentos seletivos. O que se espera é coerência — e que os mesmos que um dia pediram perdão, também saibam oferecê-lo.
Robertão Chapa Quente segue acompanhando de perto as movimentações em Brasília e o clamor popular por justiça sem dois pesos e duas medidas.
IMAGEM DA MANIFESTAÇÃO NA AVENIDA PAULISTA EM 06/04