Dia Nacional do Cigano: uma cultura viva que resiste no coração do Brasil

Dia Nacional do Cigano: uma cultura viva que resiste no coração do Brasil

Em meio à diversidade que forma a identidade do povo brasileiro, há uma cultura vibrante, misteriosa e muitas vezes esquecida: a cultura cigana. E é justamente para resgatar esse valor e combater o preconceito que o Dia Nacional do Cigano, comemorado em 24 de maio, foi instituído no Brasil.

Essa data homenageia um povo historicamente perseguido, mas que nunca perdeu sua alegria, fé e identidade. O dia 24 de maio foi escolhido em reverência à padroeira dos ciganos, Santa Sara Kali, símbolo de proteção e resistência espiritual para o povo cigano.

Mais do que danças e cores: o valor da cultura cigana

Quando falamos em ciganos, muitos logo imaginam roupas coloridas, danças envolventes, leitura de mãos ou festas tradicionais. Mas a cultura cigana vai muito além disso. Ela carrega uma forte ligação com a liberdade, com a oralidade, com os valores familiares e com uma espiritualidade profundamente enraizada.

Os ciganos são nômades por tradição, mas sua alma permanece firme onde quer que estejam. No Brasil, estima-se que mais de 800 mil ciganos vivam em todo o território nacional, espalhados em comunidades urbanas e rurais. Porém, muitos ainda enfrentam discriminação, falta de acesso a políticas públicas e invisibilidade social.

Reconhecimento e respeito: um passo necessário

O Dia Nacional do Cigano não é apenas uma data para festas folclóricas — é um ato de justiça histórica. É o momento de dar visibilidade a um povo que ajudou a construir o Brasil, que contribui com sua arte, com sua música, com seu comércio e com sua sabedoria milenar.

É hora de deixar de lado os estigmas e enxergar o cigano como ele é: brasileiro, lutador, cidadão, e portador de uma das culturas mais ricas do mundo.

Cultura não se apaga. Cultura se celebra.

O Brasil que queremos passa por reconhecer sua própria pluralidade. Valorizar o povo cigano é valorizar o próprio Brasil. Neste 24 de maio, que sejamos mais conscientes, mais respeitosos e mais abertos à beleza que pulsa na cultura cigana.

Salve Santa Sara Kali! Salve o povo cigano!


Texto original de opinião — proibida a reprodução parcial ou integral sem autorização.

Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.

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Robertão Chapa Quente

• Diretor do Jornal Digital do Brasil • TV DIGITAL • Apresentador do Programa Chapa Quente

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