Simone Tebet rompe silêncio político e acende alerta de traição ao PT em Mato Grosso do Sul

Os bastidores da política em Mato Grosso do Sul começam a ferver e expõem um movimento que já preocupa lideranças do PT: a ministra Simone Tebet, integrante do governo Lula, dá sinais claros de afastamento do partido que hoje a abriga no plano nacional e prepara um reposicionamento político que pode ser interpretado como traição eleitoral.
O cenário é sensível. O atual governador do Estado, Eduardo Riedel, é publicamente identificado como bolsonarista. Seu principal padrinho político, o ex-governador Reinaldo Azambuja, mantém forte influência local, preside o Partido Liberal (PL) e é apontado como nome praticamente certo para disputar uma das duas vagas ao Senado Federal em 2026.
É justamente nesse tabuleiro que Simone Tebet entra em rota de colisão com o PT. A ministra, que pretende disputar a outra vaga ao Senado, declarou que, em Mato Grosso do Sul, só subirá nos palanques do presidente Lula e do governador Eduardo Riedel. A escolha política chama atenção não apenas pela contradição ideológica, mas também pelos interesses cruzados: Eduardo Rocha, marido de Simone Tebet, foi secretário da Casa Civil do governo Riedel até poucos meses atrás.
Enquanto isso, o ex-deputado federal Fábio Trad, lançado pelo PT como pré-candidato ao governo do Estado, caminha para ficar isolado. A sinalização é clara: Simone Tebet não pretende dividir palanque com ele em 2026, caso confirme sua candidatura ao Senado por Mato Grosso do Sul.
A ausência da ministra na campanha petista ao governo estadual tem potencial de causar danos eleitorais profundos. Fábio Trad terá dificuldade de explicar ao eleitorado por que uma ministra do governo Lula escolhe apoiar, na prática, o principal adversário do PT no Estado. Nos bastidores, a leitura é direta: o capital político de Simone Tebet está sendo usado em benefício de um projeto que não é o do PT.
Esse movimento acendeu o sinal de alerta entre as lideranças petistas sul-mato-grossenses, que reconhecem o peso eleitoral de Simone Tebet e sabem o quanto sua presença seria estratégica em uma campanha estadual. A preocupação é real e crescente.
Para tentar conter o estrago, dirigentes do PT apostam em dois cenários alternativos: que Lula escolha Simone Tebet como pré-candidata a vice-presidente da República, ou que ela opte por disputar o Senado por São Paulo. Em qualquer uma dessas hipóteses, Simone ficaria impedida de fazer campanha para a reeleição de Eduardo Riedel, reduzindo o impacto negativo sobre a candidatura de Fábio Trad.
Até lá, o que se vê é uma ministra do governo federal jogando em dois campos, flertando com adversários históricos do PT e deixando no ar uma pergunta incômoda: até que ponto Simone Tebet ainda caminha ao lado do projeto político que ajudou a eleger Lula?
✍️ Jornalista, Radialista, Blogueiro, Escritor e Apresentador Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital, RMC TV, Grupo JDB de Comunicação e Notícias e Rádio Notícia, detentor das marcas registradas Jornal Digital do Brasil e RMC TV, Jornal Digital Regional, o primeiro jornal digital de toda a região.

