SE PERSEGUIÇÃO FOR COMPROVADA, FAMÍLIA DE BOLSONARO PODERÁ PLEITEAR PENSÃO, ASSIM COMO CASOS DA DITADURA MILITAR

SE PERSEGUIÇÃO FOR COMPROVADA, FAMÍLIA DE BOLSONARO PODERÁ PLEITEAR PENSÃO, ASSIM COMO CASOS DA DITADURA MILITAR

O Brasil reconhece, desde o fim do regime militar, o direito de indenização e pensão a cidadãos considerados perseguidos políticos pelo Estado. Vários militantes e ex-presos políticos obtiveram benefícios, entre eles nomes como Dilma Rousseff e familiares do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme decisões administrativas e judiciais.

Esses pagamentos se baseiam na lógica da reparação histórica: quando o Estado viola garantias fundamentais, deve compensar os atingidos. Trata-se de um mecanismo previsto em lei.

No cenário político atual, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmam que ele estaria sendo alvo de perseguição institucional por decisões e investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal. Juristas ligados a esse setor argumentam que, se no futuro houver reconhecimento formal de que houve perseguição política, o mesmo enquadramento legal aplicado a casos da ditadura poderá servir de base para que Bolsonaro ou sua família requeiram reparação ou pensão.

A tese sustentada é simples:

  • se o Estado reconheceu perseguições políticas no passado e concedeu indenizações;
  • se, no futuro, houver reconhecimento legal de que Bolsonaro foi alvo de perseguição por parte do sistema de Justiça,
  • então a família teria direito a buscar o mesmo tipo de reparação que beneficiou outros ex-presidentes.

Esse debate reacende discussões sobre seletividade institucional, judicialização da política e memória histórica.

A história demonstra que, quando violações são reconhecidas, o Estado não apaga os fatos — mesmo que décadas tenham passado.

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Robertão Chapa Quente

• Diretor do Jornal Digital do Brasil • TV DIGITAL • Apresentador do Programa Chapa Quente

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