QUANDO A IGREJA DEIXA DE SER HOSPITAL E SE TORNA UMA EMPRESA – UM ALERTA URGENTE AO EVANGELHO PERDIDO
Há um ponto em que a igreja deixa de ser refúgio, cura, acolhimento, e passa a operar como uma empresa com metas, lucros, marketing e estratégias de retenção de público. E quando isso acontece, algo sagrado se rompe. O que deveria ser um hospital de almas feridas se transforma em um negócio religioso, onde o sofrimento do povo vira moeda, a fé vira produto e o altar se converte em palco.
Hoje vemos templos lotados, mas corações vazios. Cultos barulhentos, mas vidas silenciosamente destruídas. Pregações motivacionais, mas pouco arrependimento, pouco confronto, pouca cruz. O Cristo simples, amoroso e verdadeiro foi substituído por agendas, eventos, campanhas milionárias e líderes que mais parecem CEOs do que pastores.
A pergunta é dura, mas real:
Onde foi parar o primeiro Evangelho?
Aquele que dizia:
— “Vinde a mim os cansados.”
— “Eu não vim para ser servido, mas para servir.”
— “Negue-se, tome sua cruz e siga-me.”
Hoje, muitos dizem o contrário:
— “Venham e financiem a obra.”
— “Servi ao líder.”
— “A bênção depende da sua oferta.”
O Evangelho que curava gratuitamente agora está à venda em livros, cursos, mentorias, conferências VIP e experiências “exclusivas”. A mesa da comunhão virou balcão de negociação espiritual.
Quando a igreja vira empresa, o pobre deixa de ter lugar.
Quando a igreja vira empresa, o quebrado deixa de ser prioridade.
Quando a igreja vira empresa, o pastor deixa de ser servo e vira gerente.
E o pior de tudo: muitos acham isso normal.
Precisamos urgentemente voltar ao Evangelho puro, simples, vivo, transformador. Voltar à igreja que abraçava, que chorava junto, que repartia o pão, que cuidava das viúvas e dos órfãos — não porque dava ibope, mas porque dava testemunho. Voltar ao Cristo que não prometia riqueza, mas prometia vida. Não prometia palco, mas prometia renúncia. Não prometia aplausos, mas prometia salvação.
O Evangelho de verdade não tem preço.
E quando a igreja esquece disso… ela esquece de Cristo.
O que precisamos não é de mais estrutura, mais luxo, mais espetáculo.
O que precisamos é voltar ao primeiro amor.
Voltar ao primeiro Evangelho.
POR . ROBERTO TORRECILHAS .

