Correios fecharão mais de 35 unidades em todo o Brasil, gerando críticas de sindicatos.

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Os Correios anunciaram o fechamento de mais de 35 unidades em diversas regiões do país, uma decisão que vem gerando críticas de trabalhadores e sindicatos. A medida, segundo a estatal, faz parte de uma estratégia para “otimizar operações e concentrar serviços em agências de maior porte”.
De acordo com a empresa, a decisão visa melhorar a eficiência operacional e reduzir custos, enquanto mantém a qualidade do atendimento. No entanto, sindicatos da categoria têm se manifestado contra o fechamento, alegando que ele poderá impactar negativamente tanto os trabalhadores quanto a população que depende dos serviços postais.
Impactos nos serviços e na população
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect) afirmou que o fechamento de unidades dificultará o acesso aos serviços, especialmente em regiões mais afastadas e em cidades menores, onde os Correios desempenham um papel essencial para a comunidade.
“Essas unidades são fundamentais para atender a população que não tem outras alternativas. Fechar agências é um retrocesso e pode prejudicar a inclusão social e econômica em muitas regiões”, disse um representante do sindicato.
Os Correios, por sua vez, garantem que o impacto será mínimo e que os clientes terão acesso aos mesmos serviços por meio de unidades remanescentes ou plataformas digitais.
Adaptação ao mercado
A estatal vem enfrentando desafios nos últimos anos, com a queda no volume de correspondências e a crescente concorrência no setor de entregas. Nesse contexto, a empresa busca se reestruturar para focar em operações mais lucrativas, como o e-commerce e a logística.
Apesar das justificativas, especialistas apontam que o fechamento de agências pode gerar aumento de filas e sobrecarga nas unidades que permanecerem ativas, além de afetar os trabalhadores, que poderão ser realocados ou desligados.
A medida será acompanhada de perto por sindicatos, autoridades e organizações da sociedade civil, que prometem mobilizações contra a decisão.
O jornalista Robertão Chapa Quente está acompanhando os desdobramentos deste caso e trará informações atualizadas sobre os impactos da medida para a população e para os trabalhadores dos Correios.