EXPANSÃO URBANA PROJETA ‘BOOM’ IMOBILIÁRIO EM CAMPINAS

EXPANSÃO URBANA PROJETA ‘BOOM’ IMOBILIÁRIO EM CAMPINAS

Segundo previsão da Aelo, aprovação da nova legislação no

município viabiliza loteamentos que dependiam desta

decisão e impõe parâmetros ambientais mais rigorosos

A aprovação do projeto de lei que regulamenta a expansão urbana sobre áreas rurais em Campinas (SP) deve aumentar significativamente a oferta imobiliária no município. “A demanda por terrenos, seja para construção de residências, comércios ou empreendimentos, e principalmente o déficit habitacional por moradias populares, são crescentes”, afirma Júnior Cabrino, delegado Regional da Aelo (Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano). “Locais até então vulneráveis à proliferação de submoradias, sem recursos ou infraestrutura, podem hoje ter uma ocupação planejada, com preocupação ampliada sobre a preservação ambiental, como prevê a nova legislação”, destaca.

O Projeto de Lei Complementar (PLC), aprovado pela Câmara de Vereadores de Campinas, é de autoria da Prefeitura Municipal. Em nota, o Executivo ressalta que o PLC nº 88/2023 “inclui parâmetros ambientais mais restritivos, mais protetores do meio ambiente, prevendo maior índice de permeabilidade do solo para uso urbano sobre áreas rurais”, se comparados aos que constam na Lei nº 207/2018, conhecida como “Zona de Expansão Urbana de Campinas” e tratada no Plano Diretor como “Zona de Desenvolvimento Ordenado”.

De acordo com o delegado Regional da Aelo, o PLC nº 88/2023 é uma das formas de contribuir para a expansão imobiliária no município. “A partir de agora, vários projetos que dependiam desta decisão serão colocados em prática”, observa.

A área rural do município ocupa 48% da totalidade do território de 794,5 km2 da metrópole. No terreno da antiga fazenda Bela Aliança, Campinas tem hoje um bairro que é case de sucesso reconhecido no Brasil.

Para se transformar em bairro, os trâmites burocráticos envolvendo a aprovação do loteamento levaram mais de 14 anos. Às margens da Avenida John Boyd Dunlop, em 1,5 milhão de m2, no distrito do Campo Grande, que concentra atualmente 40% da população de Campinas, o Bela Aliança Bairro & Parque se destaca como um novo conceito de bairro planejado, com 1.844 lotes de utilização mista, estrutura esportiva completa e de lazer e equipamentos que valorizam as práticas sustentáveis. O vizinho mais que ilustre no loteamento aberto é a Unidade de Conservação de Proteção Integral Parque Natural Municipal do Campo Grande.

Como sócio-presidente da Montana Urbanismo, que juntamente com a Montante Desenvolvimento Urbano lançou o conceito do Bela Aliança, Cabrino destaca que o empreendimento se localiza onde havia um grande vazio urbano na cidade de Campinas. “Neste vazio, havia descarte de lixo e entulho e outras ações que agrediam o meio ambiente e colocavam a área em risco”, relata.

No exemplo do Bela Aliança, a área verde, antes sem proteção, hoje é cuidada e preservada. “Plantamos centenas de mudas nativas, estamos arborizando as ruas do bairro e construindo um parque de educação ambiental”, enumera. “Assumimos um compromisso de urbanização com proteção dos recursos naturais. É uma condição que os novos empreendimentos estabelecidos a partir da nova lei de expansão urbana sobre áreas rurais no município devem, prioritariamente, respeitar e colocar em prática”, finaliza Júnior Cabrino.

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Robertão Chapa Quente

• Diretor do Jornal Digital do Brasil • TV DIGITAL • Apresentador do Programa Chapa Quente

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