“Se Lula e Dilma são contra anistia, por que recebem como anistiados? Dois pesos e duas medidas?”

A controvérsia sobre o tratamento dado ao instituto da anistia voltou ao debate público. A crítica central é a possível incoerência entre discursos contrários à concessão de anistia a determinados grupos e o recebimento de valores indenizatórios decorrentes da condição de anistiados políticos no passado.

O questionamento se fortalece quando representantes políticos defendem publicamente a punição e rejeitam a concessão de anistias em contextos atuais, ao mesmo tempo em que usufruem de benefícios baseados na legislação que prevê compensação financeira para perseguidos da época do regime militar. Essa situação gera, na percepção de parte da sociedade, uma distinção seletiva entre quem pode ou não ser beneficiado pelo instituto.

Para críticos, a contradição reforça a ideia de dois pesos e duas medidas: a anistia seria considerada justa apenas quando beneficia atores específicos, enquanto é rejeitada quando se dirige a grupos políticos adversários. O debate se torna ainda mais delicado quando envolve recursos públicos e pagamentos mensais, exigindo transparência máxima sobre critérios, valores e fundamentações legais.

Especialistas lembram que a reparação histórica é prevista em lei e integra o processo de reconhecimento estatal de violações no passado. No entanto, destacam que o discurso político precisa manter coerência entre prática e posicionamento público, sobretudo quando envolve verbas provenientes dos cofres públicos.

Entidades da sociedade civil defendem que toda anistia deve ser tratada com isonomia, sem distinção político-partidária, e que cabe à imprensa fiscalizar possíveis contradições na condução do tema por agentes públicos, independentemente de alinhamento ideológico.

O caso reacende o debate sobre transparência, moralidade administrativa e coerência ética em relação ao uso do instituto da anistia no Brasil, levantando a pergunta: se a anistia é condenada no discurso, por que permanece sendo aceita no contracheque?

MAIS UMA CHEGANDO .

A ex-presidente Dilma Rousseff terá direito a uma indenização de R$ 400 mil por danos morais, além de uma reparação financeira mensal paga pela União. A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e se refere às perseguições, prisões e torturas sofridas por Dilma durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985.
Em maio deste ano, ela já havia sido reconhecida como anistiada política pela Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Presa e torturada em 1970 por integrar um grupo de resistência ao regime, Dilma teve sua trajetória profissional interrompida por motivos políticos. Para o relator do caso, desembargador João Carlos Mayer Soares, ficou comprovado que as violações afetaram de forma permanente sua vida profissional, financeira e aposentadoria, justificando a reparação.

IMAGEM AGÊNCIA BRASIL

📲 ATENÇÃO – PARTICIPE DO SORTEIO BAIXANDO O APP . baixe nosso aplicativo e receba em seu celular as notícias.
Baixe o aplicativo e concorra a um PIX de 100 reais direto na sua conta!

Baixe em seu celular nosso aplicativo de notícias: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.jornaldigitaldobrasil

✍️ Jornalista, Radialista, Blogueiro, Escritor e Apresentador Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital, RMC TV, Grupo JDB de Comunicação e Notícias e Rádio Notícia, detentor das marcas registradas Jornal Digital do Brasil e RMC TV, Jornal Digital Regional, o primeiro jornal digital de toda a região.

Compartilhe!

Robertão Chapa Quente

• Diretor do Jornal Digital do Brasil • TV DIGITAL • Apresentador do Programa Chapa Quente

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.