đš HOMICĂDIO EM JAGUARIĂNA â POLĂCIA CIVIL APURA LIGAĂĂO ENTRE BRIGA FAMILIAR, TRĂFICO DE DROGAS E POSSĂVEL EXECUĂĂO

A PolĂcia Civil avança nas investigaçÔes sobre o homicĂdio registrado em JaguariĂșna, conectando o crime a uma sĂ©rie de conflitos anteriores envolvendo a vĂtima, familiares e indivĂduos ligados ao trĂĄfico de drogas no municĂpio. InformaçÔes colhidas pelo Setor de InvestigaçÔes Gerais (SIG) revelam que o caso teve inĂcio ainda em março, apĂłs uma sequĂȘncia de brigas e tensĂ”es que se agravaram ao longo do dia.
Segundo apuração, na manhĂŁ do dia 15 de março houve uma discussĂŁo entre a vĂtima e um parente prĂłximo. Temendo um desfecho violento, a companheira da vĂtima acionou a Guarda Civil Municipal, que compareceu ao imĂłvel localizado prĂłximo Ă praça da Vila Guilherme. Naquele momento, os Ăąnimos foram contidos e a ocorrĂȘncia encerrada.
Entretanto, poucas horas depois, a situação voltou a se agravar. A vĂtima discutiu novamente, dessa vez com um homem jĂĄ conhecido das forças de segurança por envolvimento com trĂĄfico de drogas. Testemunhas relataram que o conflito teria começado apĂłs queixas sobre a constante presença da GCM na ĂĄrea, o que prejudicaria o comĂ©rcio ilĂcito praticado no local. A briga evoluiu para agressĂ”es fĂsicas, e a GCM precisou ser acionada pela segunda vez no mesmo dia.
Durante a intervenção, a equipe utilizou munição de elastĂŽmero para conter o agressor, que acabou atingido na perna e levado para atendimento mĂ©dico na UPA. Segundo testemunhas, ainda no local da briga, a pessoa que brigou com a vĂtima teria mencionado “eu vou matar esse cara”. A vĂtima tambĂ©m estava no local, ferida apĂłs as brigas ocorridas ao longo do dia.
Enquanto os dois recebiam atendimento, houve novo tumulto na ĂĄrea externa da UPA. Uma mulher, companheira do suspeito ligado ao trĂĄfico, confrontou a vĂtima ao saber do desentendimento anterior. A agressĂŁo foi registrada por testemunhas e novamente exigiu presença da GCM. Questionada pelos agentes se desejava registrar boletim de ocorrĂȘncia, a agressora respondeu que resolveria a situação âpor conta prĂłpriaâ, aumentando a tensĂŁo entre os envolvidos.
JĂĄ debilitado e emocionalmente abalado, a vĂtima permaneceu na UPA atĂ© ser sedada e liberada apenas na manhĂŁ seguinte, dia 16 de março. Ao chegar em casa, conversou rapidamente com familiares, mas pouco tempo depois um grupo de ao menos quatro homens apareceu no portĂŁo exigindo que ele saĂsse para uma âconversaâ.
De acordo com uma testemunha, a vĂtima foi retirada Ă força e levada atĂ© um rancho conhecido na regiĂŁo. Momentos depois, um dos indivĂduos envolvidos no conflito do dia anterior teria sido visto deixando o local. O corpo da vĂtima foi encontrado por volta das 10h daquele domingo, em uma estrada rural conhecida da cidade.
O SIG identificou, por meio de cĂąmeras de monitoramento, um veĂculo ligado ao grupo circulando em pontos prĂłximos tanto ao rancho quanto ao local onde o corpo foi abandonado. O automĂłvel foi apreendido e apresentou manchas de sangue no porta-malas. O material foi encaminhado para anĂĄlise pericial, com resultado ainda pendente.
Mandados de prisĂŁo temporĂĄria foram emitidos pela PolĂcia Civil contra todos os investigados. A operação seria executada simultaneamente em diversos endereços, porĂ©m, apĂłs acesso prĂ©vio Ă s informaçÔes, a PolĂcia Militar cumpriu parte dos mandados antes da ação integrada. Dois suspeitos foram detidos inicialmente, enquanto outros fugiram da cidade apĂłs saberem das prisĂ”es.
AtĂ© o momento, dois investigados seguem foragidos. As buscas continuam, e a PolĂcia Civil trabalha para concluir a identificação de todos os envolvidos na captura, no transporte e na morte da vĂtima.
O caso segue em investigação, com novas diligĂȘncias, oitivas e anĂĄlises periciais em andamento para fechar todas as circunstĂąncias da execução.


