Polícia Federal destrói 71 dragas em operação contra garimpo ilegal no Rio Madeira

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta segunda-feira (15), uma grande operação contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, no estado do Amazonas. A ação foi autorizada pela Justiça Federal e contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional de Segurança Pública.

Durante a ofensiva, as equipes já destruíram 71 dragas que atuavam de forma clandestina entre os municípios de Manicoré e Humaitá. Os equipamentos eram utilizados por grupos que exploravam ouro e outros minérios de maneira ilegal, causando sérios danos ao meio ambiente.

Segundo a PF, a operação ocorreu diretamente no leito do Rio Madeira, área onde há intensa atividade garimpeira irregular. A destruição das dragas faz parte da estratégia de inviabilizar o retorno imediato das atividades criminosas.

As investigações apontam que o garimpo ilegal não apenas devasta ecossistemas, mas também gera graves consequências sociais, como conflitos, exploração de trabalhadores e financiamento de organizações criminosas.

De acordo com nota oficial da Polícia Federal, a ação integra um conjunto de trabalhos que vêm sendo realizados desde 2023 para combater a mineração ilegal em diferentes regiões da Amazônia.

A novidade desta etapa é que a operação foi coordenada pelo recém-inaugurado Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia), que busca reforçar a integração das forças policiais brasileiras e de países vizinhos no enfrentamento a crimes ambientais e transnacionais.

A destruição das dragas representa uma perda financeira significativa para os responsáveis pela atividade criminosa, que utilizam essas estruturas flutuantes como base de exploração.

O combate ao garimpo ilegal no Rio Madeira é considerado estratégico, já que a região é uma das mais visadas pela extração irregular de minérios e sofre com poluição por mercúrio, desmatamento e desequilíbrio da fauna aquática.

A Polícia Federal destacou que seguirá realizando operações periódicas para desarticular as estruturas criminosas, reforçando a mensagem de que não haverá tolerância com atividades que coloquem em risco a Amazônia e suas populações.

A ação demonstra a importância da integração entre diferentes forças de segurança no combate ao crime organizado e à destruição ambiental. Mais etapas da operação estão previstas para os próximos meses.

✍️ Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.