Estados Unidos reagem a decisão do STF e atacam Alexandre de Moraes
O início da semana foi marcado por um novo atrito entre Brasil e Estados Unidos. O impasse surgiu após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar nesta segunda-feira (18) que nenhuma empresa ou órgão com atuação no Brasil poderá aplicar restrições ou bloqueios baseados em decisões unilaterais de outros países.
Segundo Dino, apenas o Judiciário brasileiro tem competência para validar medidas desse tipo, reforçando que sanções ou imposições estrangeiras não podem ter efeito automático no território nacional. A decisão vem em meio a movimentações de municípios que recorreram a cortes internacionais para ampliar indenizações contra a mineradora Samarco, após o rompimento da barragem de Mariana (MG).
A resposta dos Estados Unidos foi imediata. O Departamento de Estado, por meio do Bureau of Western Hemisphere Affairs, usou as redes sociais para afirmar que nenhuma corte estrangeira tem poder de anular sanções impostas por Washington. O comunicado foi ainda mais duro ao direcionar um ataque direto ao ministro Alexandre de Moraes.
No texto, o governo norte-americano classificou Moraes como “tóxico para todas as empresas e indivíduos legítimos que buscam acesso aos EUA e seus mercados”. A nota ainda alertou que cidadãos americanos estão proibidos de realizar transações com o ministro e que cidadãos estrangeiros devem agir com cautela, sob risco de também sofrer sanções caso ofereçam apoio material a quem é considerado violador de direitos humanos pelos Estados Unidos.
Com isso, o episódio eleva a tensão diplomática entre Brasília e Washington, trazendo à tona um embate jurídico e político sobre os limites da soberania nacional e o alcance das medidas internacionais.
Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.
