PT Evita Urna Eletrônica em Suas Próprias Eleições: Por Que o Medo da Tecnologia Que Defendem?


Enquanto partidos e instituições debatem sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas nas eleições brasileiras, um detalhe curioso chama a atenção no cenário político: o Partido dos Trabalhadores (PT), defensor ferrenho do sistema eletrônico de votação nacional, optou por não utilizar urnas eletrônicas para escolher seu novo presidente.
A escolha pelo voto impresso, com cédulas de papel, em pleno 2025, levanta questionamentos e desperta suspeitas. Afinal, por que um partido que constantemente elogia a segurança das urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) evita esse mesmo método dentro de sua própria casa?
Segundo informações divulgadas internamente, a votação será feita à moda antiga: o eleitor preenche um papel, coloca na urna e aguarda a apuração manual. Em tempos onde se exige do eleitor brasileiro total confiança em um sistema digital centralizado, a decisão do PT causa, no mínimo, estranheza.
Embora o uso das urnas eletrônicas do TSE não seja permitido em eleições internas de partidos, nada impede a utilização de tecnologias próprias ou sistemas eletrônicos auditáveis. Diversas entidades e associações já adotaram meios digitais seguros para votações internas — inclusive outros partidos políticos.
A grande questão que fica no ar é: por que o PT não segue o mesmo caminho, preferindo o papel e a contagem manual? Seria desconfiança da tecnologia que tanto defendem em público? Ou a razão estaria ligada ao controle mais direto e discreto dos bastidores da votação interna?
Especialistas apontam que o voto impresso permite maior controle local e menor risco de surpresas desagradáveis. Em outras palavras: menos autonomia tecnológica, mais domínio do processo. Essa escolha, no entanto, esbarra em uma incoerência preocupante. O partido que pede confiança total do eleitor no sistema eletrônico nacional não consegue confiar sequer em um sistema digital próprio para gerir a própria democracia interna.
A sociedade brasileira merece coerência. Se o voto eletrônico é mesmo seguro, transparente e inviolável, partidos políticos — especialmente os que o defendem com veemência — deveriam ser os primeiros a adotar esse modelo também em suas estruturas internas. O exemplo começa em casa.
Afinal, por que será que o PT evita as urnas eletrônicas?
Reportagem de:
Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.