PÃO E CIRCO: QUANDO A FESTA VIRA FERRAMENTA PARA APAGAR O DESCASO — UMA ANÁLISE DIRETA E SEM MÁSCARAS SOBRE A REALIDADE MUNICIPAL

Em diversas cidades do Brasil — incluindo municípios do Circuito das Águas Paulista — a velha estratégia política do pão e circo continua sendo usada como se o povo ainda vivesse no século passado. Prefeituras que deveriam priorizar saúde, infraestrutura, segurança, medicamentos, combate à dengue e gestão pública de verdade, acabam transformando o dinheiro público em cortina de fumaça. Essa tática antiga, porém ainda eficaz, consiste em entregar ao povo distração para que esqueçam os problemas reais. É festa para cá, inauguração para lá, estátua com água benta, praça bonita, foto nas redes sociais, vídeos emocionados — tudo cuidadosamente montado para criar a ilusão de que a gestão está funcionando. Enquanto isso, os problemas sérios são empurrados para debaixo do tapete.
E o mais assustador é que muitos gestores se especializaram nessa artimanha. Tornaram-se verdadeiros mestres da encenação. Sabem exatamente quando anunciar uma obra, quando marcar uma festa, quando erguer um monumento e quando encher as ruas de luzes e decoração. Tudo calculado. Tudo pensado para manter os munícipes anestesiados, emocionalmente distraídos e politicamente desmobilizados. Mas a realidade insiste em bater à porta. Pessoas morreram devido ao avanço da dengue sem controle. Famílias sofrem sem medicamentos essenciais nos postos. A perseguição política virou rotina institucionalizada. Servidores são pressionados. Cidadãos são silenciados. E quem tenta denunciar é apontado como “inimigo do progresso”.
O problema é que o povo, cansado e sobrecarregado, muitas vezes não percebe o jogo. Uma festa bem organizada apaga momentaneamente a indignação. Uma estátua recém-inaugurada vira símbolo para fotos e aplausos. Uma obra maquiada passa a falsa imagem de desenvolvimento. E o prefeito? Ah, esse fica feliz: ganhou tempo, ganhou simpatia, ganhou narrativa. Mas a pergunta que martela é simples e inevitável: isso é o que realmente interessa? Quantos postos de saúde poderiam ser reformados com o dinheiro de uma única festa milionária? Quantas ruas poderiam ser pavimentadas com o valor gasto em monumentos que não mudam em nada a vida das pessoas? Quantos agentes de combate à dengue poderiam ter sido contratados em vez de financiar shows caros para distrair a população? Quantos remédios poderiam estar na prateleira se o dinheiro fosse usado com responsabilidade?
O coronelismo moderno — disfarçado de “gestão participativa” — segue firme, presente, enraizado. Há prefeitos que se comportam como donos da cidade, usando o dinheiro público como ferramenta de autopromoção, não como instrumento de transformação social. A cidade vira palco. A população vira plateia. E a gestão vira espetáculo. Mas espetáculo não salva vidas. Espetáculo não resolve falta de remédio. Espetáculo não combate dengue. Espetáculo não cria oportunidades. Espetáculo não põe comida na mesa. Espetáculo só distrai — e distrai muito bem.
Está na hora de o povo enxergar. Está na hora de romper essa hipnose coletiva. Porque para cada estátua inaugurada, há uma criança sem remédio. Para cada festa luxuosa, há um idoso esperando consulta. Para cada fogos de artifício, há uma família enterrando uma vítima da dengue. E para cada político que vive de aparências, há milhares de cidadãos vivendo na realidade dura que ele finge não ver. O futuro de uma cidade não se constrói com shows, decorações e selfies. Se constrói com responsabilidade, coragem e respeito ao dinheiro público. A pergunta final que fica é direta e incômoda: quantas festas mais serão necessárias para o povo perceber que está sendo enganado?
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✍️ Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital, RMC TV, Grupo JDB de Comunicação e Notícias e Rádio Notícia, detentor das marcas registradas Jornal Digital do Brasil e RMC TV.

