FALSOS PROFETAS: QUANDO O NOME DE DEUS É USADO COMO MERCADORIA PARA ENGANAR FIÉIS

FALSOS PROFETAS: QUANDO O NOME DE DEUS É USADO COMO MERCADORIA PARA ENGANAR FIÉIS

No Brasil inteiro, cresce um movimento assustador: falsos pregadores transformam a fé em um negócio lucrativo, explorando emocionalmente quem busca apenas esperança, cura e direção espiritual. Esses enganadores se apresentam como representantes de Deus, mas seus atos revelam exatamente o oposto. Usam palavreado ensaiado, encenações teatrais e “milagres” forjados para arrancar dinheiro de pessoas humildes, desesperadas ou fragilizadas.

A cada culto, a cada live, a cada evento, o roteiro se repete: anunciam curas instantâneas, promessas de prosperidade, libertações imediatas, tudo condicionado a “ofertas especiais”, “propósitos financeiros”, “sementes de fé” e contribuições que variam de valores simbólicos até quantias que muitos fiéis mal poderiam pagar. É a fé transformada em moeda, o sagrado sendo usado como ferramenta para manipulação — um verdadeiro comércio espiritual.

Esses falsos líderes sabem exatamente o que fazem. Usam técnicas psicológicas, estímulos emocionais e discursos prontos para pressionar fiéis a acreditarem que só alcançarão a bênção se contribuírem financeiramente. Enquanto isso, acumulam riquezas, exibem luxo, vivem com ostentação e ainda afirmam que tudo isso é “obra divina”, quando na verdade é fruto de exploração cruel.

Para conseguir mais seguidores, encenam milagres grotescos, combinam testemunhos falsos e fabricam situações para convencer o público de que possuem poder sobrenatural. São verdadeiros artistas da enganação, especialistas em manipular, treinados para iludir. Brincam com algo que deveria ser intocável: a fé das pessoas.

O impacto disso é devastador. Famílias se endividam, idosos entregam aposentadorias, pais deixam de pagar contas básicas acreditando que receberão “retorno multiplicado”. Tudo isso enquanto esses falsos profetas se sustentam no dinheiro alheio, zombando da fé que afirmam defender.

Mas a verdade é uma só: quem usa o nome de Deus para enganar vai prestar contas. Pode escapar por um tempo, pode iludir multidões, pode manipular milhares, mas não passará impune. A justiça humana falha, mas a justiça divina não falha — e esses enganadores, que se alimentam da ingenuidade e da dor do povo, certamente enfrentarão um preço alto por brincar com o que é sagrado.

Enquanto isso, fica o alerta: fé não se vende. Milagre não se negocia. Deus não é ferramenta de arrecadação.
É preciso que as autoridades, os órgãos fiscalizadores e, principalmente, os fiéis abram os olhos. Porque enquanto houver quem acredite nessas encenações, haverá quem continue lucrando com elas.

A fé do povo merece respeito — não exploração.

Jornal Digital Regional.

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Robertão Chapa Quente

• Diretor do Jornal Digital do Brasil • TV DIGITAL • Apresentador do Programa Chapa Quente

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