COP30 começa com preços exorbitantes e estrutura precária no primeiro dia do evento em Belém
O primeiro dia da Cúpula de Líderes da COP30, realizada em Belém (PA), foi marcado por reclamações de visitantes e participantes devido aos altos preços cobrados na área gastronômica e por falhas estruturais observadas no espaço destinado ao público e à imprensa.
Logo nas primeiras horas de funcionamento, o comentário mais ouvido entre os participantes era sobre o valor dos alimentos e bebidas. Uma garrafa de água mineral de 330 ml chegou a custar R$ 20, enquanto uma simples coxinha de camarão era vendida por R$ 45. O tradicional “prato do dia” não ficou atrás — R$ 125 por uma refeição individual.
As opções de café e sobremesa também surpreenderam. Um cappuccino de 100 ml custava R$ 35, e tortas e bolos variavam entre R$ 45 e R$ 50. Até mesmo itens simples, como trufas e salgados artesanais, eram comercializados por valores que ultrapassavam R$ 60. A sensação entre os visitantes era de espanto — muitos compararam os preços a restaurantes de luxo internacionais.
Além do impacto no bolso, a estrutura do evento deixou a desejar. Participantes relataram falta de água em torneiras, tomadas sem energia e até televisores desligados na sala de imprensa, que deveria exibir a recepção dos líderes mundiais. Técnicos circularam pelo local durante o dia tentando resolver os problemas antes do início oficial da conferência.
Outro ponto que gerou críticas foi o sistema de pagamento. Para consumir qualquer item, os visitantes precisavam adquirir um cartão recarregável, disponível apenas com voluntários que circulavam pelo local com maquininhas. A medida causou filas e confusão entre os participantes estrangeiros.
De acordo com a organização, o espaço gastronômico ainda está em fase final de ajustes, e novos estabelecimentos devem ser abertos apenas na próxima segunda-feira (10), data marcada para o início efetivo das atividades oficiais da COP30.
O secretário da COP30, Walter Correia, minimizou as falhas e disse que “problemas estruturais são comuns no primeiro dia de evento desse porte”. Segundo ele, todas as correções serão feitas antes do início da programação principal.
Mesmo com o discurso otimista, o público deixou clara sua insatisfação. O contraste entre o discurso ambiental e os preços praticados levantou críticas nas redes sociais, onde muitos ironizaram o valor da água e dos alimentos, chamando o evento de “a COP mais cara do planeta”.
A expectativa é que os próximos dias tragam uma melhora na estrutura e organização. Porém, o primeiro impacto deixou uma marca de insatisfação entre os visitantes, especialmente os que esperavam um evento mais acessível e melhor estruturado.
✍️ Jornalista, Radialista, Blogueiro, Escritor e Apresentador Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital, RMC TV, Grupo JDB de Comunicação e Notícias e Rádio Notícia, detentor das marcas registradas Jornal Digital do Brasil e RMC TV.

