BANCO MASTER AFIRMA QUE O BANCO CENTRAL “SABIA DE TUDO”: IMPLICAÇÕES DO MEGA ESQUEMA DE 12 BILHÕESJORNAL DIGITAL REGIONAL
A defesa do Banco Master está lançando uma acusação explosiva: segundo pessoas ligadas à instituição, o Banco Central (BC) teria tido conhecimento prévio de todas as operações sob investigação — uma afirmação que, se confirmada, pode desestabilizar não apenas a reputação do regulador, mas todo o sistema financeiro nacional.
Investigação da Polícia Federal: escopo bilionário
A Polícia Federal vem conduzindo a Operação Compliance Zero, que apura a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras do sistema bancário nacional. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o valor envolvido no esquema pode chegar a R$ 12 bilhões. O Tempo+2VEJA+2
Entre os investigados está o controlador do Master, que já foi preso. SBT News+1 A operação também incluiu busca e apreensão de bens, como carros de luxo, obras de arte e grandes quantias em dinheiro. CNN Brasil
Liquidação pelo Banco Central e consequências
Em reação ao escândalo, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Master. Todos os bens da instituição — e de seus atuais e antigos administradores — foram bloqueados. The Washington Post+1 A medida é drástica: implica que o BC considerou a situação do banco tão grave que sua continuidade operacional era insustentável.
Clientes e credores devem buscar ressarcimento por meio de entidade privada financiada por outros bancos — mecanismo já usado em crises anteriores no sistema financeiro. AP News+1
A acusação de conivência: “O BC sabia de tudo”
A alegação do Master é potente: se o Banco Central de fato tinha ciência das operações agora investigadas, isso pode revelar um buraco profundo na regulação bancária. Há diferentes possibilidades:
- Falha grave de supervisão: o BC poderia ter monitorado formalmente as operações, mas não detectado a fraude por detrás dos números.
- Conivência consciente: hipótese mais grave, sugere que reguladores permitiram ou ignoraram irregularidades.
- Complexidade operacional: talvez o BC conhecesse parte das operações, mas não todos os detalhes (quem eram os verdadeiros ativos por trás dos títulos negociados, por exemplo).
Ainda não há confirmação pública robusta da totalidade dessas alegações — a investigação da PF e outras apurações internas serão decisivas.
BRB e possíveis vínculos
Outro ponto importante do caso é a relação entre o Master e o BRB (Banco de Brasília). Um juiz federal apontou evidências de que executivos do BRB sabiam dos riscos ao participar do esquema. Reuters Além disso, para apurar sua possível participação nas operações com o Master, o BRB contratou auditoria externa. Reuters
Riscos para o sistema financeiro
- Se houver falha regulatória, a confiança no Banco Central pode sofrer abalo significativo.
- Investidores, fundos de pensão e clientes com aplicações no Master ficam expostos a perdas, especialmente se parte dos ativos envolvidos for considerada fraudulenta.
- A percepção de que um banco médio possa operar com esse nível de “criatividade financeira” levantará questionamentos sobre como ativos financeiros são avaliados no Brasil.
O que esperar daqui para frente
- Investigações aprofundadas — PF, MPF e BC devem aprofundar as apurações para verificar as alegações de conivência ou falha.
- Ações judiciais — podem surgir processos contra executivos do Master, do BRB e, eventualmente, questionamentos sobre a responsabilidade institucional do Banco Central.
- Pressão política — o caso pode virar tema de CPI ou outras investigações no Congresso, dada a magnitude dos valores envolvidos.
- Recuperação de valores — credores e investidores buscarão reparação via mecanismos legais e entidades formadas para tratar da liquidação do banco.
✍️ Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital, RMC TV, Grupo JDB de Comunicação e Notícias e Rádio Notícia, detentor das marcas registradas Jornal Digital do Brasil e RMC TV.

