🎡 RODEIO DE JAGUARIÚNA: FESTA GRANDE, PREJUÍZO MAIOR PARA MUITOS

Entra edição, sai edição, e um problema crônico continua assolando o Rodeio de Jaguariúna: os furtos dentro do recinto da festa. Celulares, carteiras, correntes de ouro e outros objetos de valor desaparecem das mãos dos foliões, que pagam caro para prestigiar um dos maiores eventos do Brasil.
Não há dúvida de que o rodeio é uma festa grandiosa, que projeta o nome de Jaguariúna para todo o país e até para o exterior. Porém, junto com a fama e o brilho, persiste a sombra da insegurança, que gera dor de cabeça e prejuízos para milhares de pessoas todos os anos.
Os boletins de ocorrência registrados revelam apenas parte da realidade, já que muitos visitantes, desanimados ou por acreditarem que “não vai dar em nada”, sequer procuram a polícia para oficializar o furto sofrido. Isso faz com que a dimensão do problema seja ainda maior do que os números oficiais mostram.
Como jornalista, faço aqui um questionamento que não pode mais ser silenciado: até quando os organizadores vão permitir que esse problema continue sem solução? Afinal, ninguém paga caro em um ingresso de uma festa famosa para sair de lá furtado e com prejuízo.
A responsabilidade da organização não pode se limitar a oferecer shows e entretenimento. Segurança também é parte fundamental de qualquer grande evento. E quando essa segurança falha, é justo que os prejudicados fiquem sem resposta?
É hora de a organização do Rodeio de Jaguariúna dar um posicionamento claro. Se não for capaz de zerar os furtos – o que é praticamente impossível em eventos de massa –, que ao menos ofereça mecanismos de ressarcimento ou garantias mínimas para quem foi vítima.
Ignorar o problema só reforça a sensação de impunidade e passa a mensagem de que a festa é lucrativa para alguns, mas injusta para muitos. Uma festa de renome não pode conviver com um histórico tão negativo ano após ano.
O Jaguaríuna Rodeo Festival 2025 está em andamento, mas o alerta já está feito: se nada for feito, no ano que vem estaremos repetindo a mesma denúncia, e a festa continuará sendo manchete não apenas pelo brilho dos palcos, mas também pelo rastro de prejuízos deixado para o público.
Que a organização responda, de forma transparente e responsável, antes que o evento acabe. Esse é um compromisso que precisa ser assumido com quem mantém a festa viva: o público pagante.
✍️ Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.