JULIANA SOARES POSTA PRIMEIRA FOTO APÓS CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO FACIAL E TORNA-SE SÍMBOLO DE RESISTÊNCIA CONTRA A VIOLÊNCIA DE GÊNERO


Juliana Soares, de 35 anos, vítima de uma agressão brutal que chocou o Brasil, publicou nesta terça-feira (5) a primeira imagem após passar por uma delicada cirurgia de reconstrução facial. Internada no Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal (RN), ela segue em recuperação e recebe acompanhamento médico intensivo.
A agressão, registrada por câmeras de segurança de um elevador em um condomínio, mostrou o ex-jogador da seleção brasileira de basquete, Igor Eduardo Pereira Cabral, desferindo 61 socos contra o rosto de Juliana, em uma sequência covarde e ininterrupta. As imagens correram o país e o mundo, provocando comoção nacional e revolta nas redes sociais.
Na publicação feita em seu perfil pessoal, Juliana aparece no leito hospitalar, iniciando sessões de laserterapia pós-operatória, utilizadas para redução de edemas e controle da inflamação. “Laserterapia pós-operatória para reduzir o edema e modular a inflamação”, escreveu ela na legenda, acompanhada de mensagens de força, apoio e solidariedade.
A cirurgia de reconstrução facial foi realizada na última sexta-feira (1º), necessária devido à gravidade das fraturas causadas pela violência dos golpes. Médicos afirmam que a recuperação será longa, mas a coragem e a força de Juliana têm sido inspiradoras.
Enquanto isso, o agressor encontra-se preso, acusado formalmente por tentativa de feminicídio, lesão corporal gravíssima e violência doméstica. O caso está sob investigação da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), em Natal.
Juliana, agora, tornou-se um símbolo de resistência, enfrentando não só as dores físicas, mas também o trauma psicológico e o desafio da justiça. Entidades de defesa da mulher, movimentos sociais, políticos e artistas têm se manifestado em apoio, cobrando uma resposta rápida, firme e exemplar das autoridades.
A história de Juliana é, infelizmente, o retrato de uma realidade que ainda atinge milhares de mulheres no Brasil. Mas também é um grito de coragem e esperança por dias de justiça, dignidade e segurança.
Violência contra a mulher não é caso isolado. É um problema estrutural. E precisa ser combatido com urgência.
Reportagem de Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.