MORTES DE MOTOCICLISTAS DISPARAM NO BRASIL E SALTAM 15 VEZES EM 20 ANOS; JOVENS SÃO OS MAIS AFETADOS

MORTES DE MOTOCICLISTAS DISPARAM NO BRASIL E SALTAM 15 VEZES EM 20 ANOS; JOVENS SÃO OS MAIS AFETADOS

O Brasil vive uma tragédia silenciosa sobre duas rodas. Um levantamento recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que, em pouco mais de duas décadas, as motocicletas deixaram de ocupar posição secundária nas mortes do trânsito para se tornarem protagonistas da estatística.

No fim dos anos 1990, apenas 3% das mortes viárias envolviam motos. Em 2023, o índice chegou a quase 40%, transformando o veículo no maior responsável por óbitos no trânsito brasileiro. O impacto também pesa no sistema de saúde: somente em 2024, acidentes com motos geraram mais de R$ 270 milhões em despesas ao SUS, além de responder por aproximadamente 60% das internações causadas por sinistros terrestres.


FROTA EXPLODIU — E AS MORTES TAMBÉM

O crescimento acelerado da frota de motocicletas acompanha o aumento das vítimas. Em 1998, o país tinha cerca de 2,7 milhões de motos. Hoje, já ultrapassa 34 milhões. No mesmo intervalo, o número de mortes envolvendo motociclistas cresceu 15 vezes.

Depois de um curto período de queda, a curva voltou a subir e consolidou a motocicleta como o veículo que mais mata no país.


QUEM MAIS MORRE NAS RUAS E RODOVIAS

O estudo mostra um cenário preocupante:

  • 70% das vítimas têm entre 20 e 49 anos;
  • Jovens de 20 a 29 anos representam cerca de um terço dos mortos;
  • Mais da metade dos óbitos envolve pessoas com ensino fundamental incompleto;
  • 90% das vítimas não ultrapassam o ensino médio;
  • Pessoas pardas são maioria entre mortos e internados;
  • Homens representam quase 90% das mortes em acidentes com motos.

As internações anuais no SUS por acidentes motociclísticos ultrapassam 160 mil casos, com custos que saltaram de R$ 41 milhões para R$ 273 milhões ao longo de 20 anos.


RISCO DO MOTOTÁXI EM TODO O PAÍS PREOCUPA ESPECIALISTAS

O Ipea faz um alerta: a regulamentação ampla do mototáxi pode aumentar a violência no trânsito.

Nos municípios menores, o instituto recomenda investimento em transporte público, e não ampliação de motos circulando. Já nas grandes cidades, o serviço deveria ser autorizado apenas em áreas onde veículos maiores não conseguem atuar com eficiência.

Segundo especialistas citados pelo estudo, liberar mototáxi de forma irrestrita “pode elevar significativamente o risco de sinistros fatais ou com lesões graves”.


CONCLUSÃO

O avanço das motos no trânsito brasileiro expõe um cenário crítico que une fatores econômicos, sociais e estruturais. A combinação entre aumento da frota, falta de infraestrutura adequada e ausência de políticas eficazes de segurança viária tem produzido números alarmantes — e um impacto devastador para famílias, hospitais e para o país.


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Robertão Chapa Quente

• Diretor do Jornal Digital do Brasil • TV DIGITAL • Apresentador do Programa Chapa Quente

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