Tarifaço de Trump contra o Brasil começa a valer: Lula se recusa a negociar e país pode pagar a conta

📍 Brasília – 6 de agosto de 2025
Entrou em vigor nesta quarta-feira (6) o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. A medida, imposta pelo governo do presidente Donald Trump, aplica uma sobretaxa de até 50% sobre mais de um terço das exportações do Brasil para os EUA, atingindo duramente setores estratégicos da economia.
Mesmo diante da gravidade da crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou publicamente, na terça-feira (5), que não pretende ligar para Trump para tratar da situação, afirmando que o presidente americano “não quer conversar”. A fala causou desconforto entre empresários, economistas e exportadores, que cobram postura firme e diplomática por parte do governo brasileiro para proteger os interesses nacionais.
Durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, Lula ironizou o assunto e disse que só pretende telefonar para Trump para convidá-lo à COP, evento sobre mudanças climáticas que será sediado em Belém.
“Não vou ligar para o Trump para negociar nada, porque ele não quer. Mas pode ficar certa, Marina. Vou ligar para convidá-lo para a COP”, afirmou o presidente.
Enquanto o Planalto minimiza a crise, os números preocupam: segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior, 35,9% das exportações brasileiras para os EUA foram diretamente afetadas. Produtos de alta competitividade internacional agora enfrentarão custos adicionais no mercado americano, colocando em risco empregos, investimentos e o equilíbrio da balança comercial.
Itens como celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro foram excluídos da lista de sobretaxas — o que evitou um impacto ainda mais devastador. Empresas como a Embraer conseguiram negociar reduções específicas nas alíquotas, mas a grande maioria dos setores não teve a mesma sorte.
O presidente Lula também se queixou de que Trump deveria ter feito contato com ele ou com o vice, Geraldo Alckmin, antes de anunciar as medidas. No entanto, o próprio Trump declarou em entrevista recente que “ele [Lula] pode falar comigo quando quiser”, demonstrando disposição para diálogo — desde que haja iniciativa do governo brasileiro.
Apesar disso, o Palácio do Planalto segue priorizando disputas ideológicas e questões ambientais, enquanto setores produtivos amargam perdas bilionárias. Em tempos de crise, a ausência de diálogo e estratégia pode custar caro.
Se nada for feito, o Brasil vai quebrar.
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Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.