🌍 ANÁLISE: A POSTURA DA RÚSSIA NO CENÁRIO INTERNACIONAL – ENTRE O DISCURSO DE PAZ E A PRÁTICA DE GUERRA. Por . Robertão Chapa Quente .
A Rússia de Vladimir Putin adora posar de vítima e juíza moral do mundo. Sempre que os Estados Unidos ou seus aliados tomam medidas militares, Moscou surge rapidamente condenando, usando palavras como “agressão injustificada” ou “violação do direito internacional”.
Mas quando o alvo são os interesses da própria Rússia ou de seus parceiros estratégicos — como o Irã — o tom muda, a narrativa se inverte, e Putin vira advogado de ditaduras.
Mas, afinal, o que Putin está fazendo na prática?
Vamos direto ao ponto: fala de paz, mas age como um senhor da guerra.
📌 A Estratégia Russa: Discurso Para Fora, Guerra Por Dentro
A postura internacional da Rússia é uma mistura perigosa de:
Expansão territorial
Influência política em países frágeis
Apoio militar a regimes questionáveis
Desestabilização regional proposital
Exemplo 1: Guerra na Ucrânia
Putin invadiu a Ucrânia em 2022 com o discurso de “proteger interesses russos”. O que vimos?
Cidades destruídas
Milhares de mortos
Sanções econômicas
Um país vizinho arrasado
Putin chama de “operação especial”. O mundo chama de invasão descarada.
Exemplo 2: Interferência nos Bálcãs
A Rússia mantém há anos uma postura agressiva nos Bálcãs, incluindo tensões com a Croácia e apoio a grupos separatistas na região. Putin critica ações dos outros, mas financia e fortalece seus próprios aliados militares para manter o caos político, especialmente em locais estratégicos.
Exemplo 3: Alianças com Ditaduras
Putin fecha os olhos para as ações do Irã, Síria, Coreia do Norte e outros regimes autoritários.
Quando o Irã ameaça Israel, Putin defende.
Quando o Irã é atacado, Putin condena.
Quando Israel reage, Putin chama de agressão.
Quando ele invade, chama de defesa. Hipocrisia é pouco.
📌 Putin no Oriente Médio: O Amigo das Ditaduras
A Rússia faz jogo duplo no Oriente Médio.
✔️ Apoia militarmente a Síria.
✔️ Passa pano para o Irã.
✔️ Critica Israel, mas faz negócios com todos.
Putin tenta aparecer como mediador de paz, mas nunca condena os grupos terroristas apoiados pelos seus aliados. O que ele defende, no fundo, é manter o equilíbrio a favor dos regimes que são úteis para os interesses russos.
📌 O Cinismo Geopolítico de Putin
Putin adora levantar a bandeira da “soberania dos povos”, mas atropela a soberania dos vizinhos.
👉 Quando interessa, ele é defensor da paz.
👉 Quando convém, ele é patrocinador de guerras.
👉 Quando é atacado, ele é vítima.
👉 Quando ataca, ele é libertador.
O cinismo é a marca da diplomacia russa atual. E quem não enxerga isso, ou está distraído, ou faz parte do jogo.
📢 Conclusão: Putin não é Juiz, é Jogador de Guerra
Vladimir Putin não pode ser tratado como árbitro neutro no xadrez internacional. Ele é peça ativa, comandante, e interessado direto no desfecho dos conflitos.
O que ele chama de agressão injustificada, muitas vezes, é simplesmente alguém se defendendo dos próprios aliados dele.
Aqui não passamos pano. Aqui a verdade é dita na lata, sem conchavo, sem filtro. Putin fala de agressão, mas é mestre em atacar. Fala de soberania, mas é perito em invadir.
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Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.
