NO BRASIL, O CRIME COMPENSA? UMA FRASE QUE VIRA REALIDADE DIANTE DA IMPUNIDADE
“Crime compensa.” Essa frase, dita em tom de indignação por muitos brasileiros, infelizmente tem ganhado contornos de verdade no cenário atual do país. Em um sistema onde criminosos de alta periculosidade são soltos por questões processuais, sentenças são anuladas por tecnicalidades e denúncias de venda de decisões judiciais surgem sem consequência real, é inevitável perguntar: por que o Brasil parece recompensar quem age à margem da lei?
Em boa parte dos casos, as decisões vindas das mais altas cortes do país, como o Supremo Tribunal Federal (STF), acendem o alerta da sociedade. Prisões anuladas, penas revistas, liberdade concedida em situações onde a gravidade dos crimes é inquestionável — tudo isso gera a percepção de que o sistema jurídico trabalha mais para proteger os interesses de réus poderosos do que para garantir justiça à população.
E as denúncias sobre venda de sentenças? Estas apenas reforçam a imagem de um Judiciário vulnerável à corrupção. Se confirmadas, essas práticas revelam uma falha profunda e preocupante: a de um sistema em que decisões não são pautadas na legalidade, mas sim em interesses escusos e financeiros.
Além disso, a lentidão nos julgamentos e a superposição de instâncias favorecem aqueles que têm poder e dinheiro para recorrer até a exaustão, enquanto o cidadão comum, vítima do crime, assiste de longe, impotente, à teatralização da Justiça.
A falta de consequência real para crimes, aliada à visível seletividade do sistema, contribui para o crescimento da sensação de impunidade. O recado que se transmite, direta ou indiretamente, é claro: para alguns, o crime não só compensa — como ainda é amparado.
Em tempos em que a moralidade e a ordem pública estão sendo colocadas à prova, é urgente que o Brasil repense sua estrutura de Justiça. A verdadeira justiça não pode ter lado, nem preço. Precisa ser firme, célere e igual para todos.
Robertão Chapa Quente segue de olho, cobrando respostas, denunciando absurdos e dando voz ao cidadão que não aceita mais ser refém de um sistema que, muitas vezes, parece trabalhar contra ele.
