🇧🇷 O DIA EM QUE A PROFECIA DE FIGUEIREDO COMEÇOU A SE CUMPRIR


Durante o regime militar, o então presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo, último general a ocupar o Palácio do Planalto antes da redemocratização, fez uma declaração que atravessou décadas e hoje soa como um alerta profético. Em uma de suas falas mais marcantes, Figueiredo afirmou que “o Brasil caminharia para o comunismo e, quando isso acontecesse, só sairia dessa condição com o derramamento de muito sangue”. Na época, poucos levaram a sério. O país ainda vivia um processo de transição e muitos acreditavam que a abertura política traria liberdade, justiça e equilíbrio entre os poderes. Porém, o que Figueiredo via com olhos de estadista era o perigo da infiltração ideológica e a lenta, porém planejada, transformação das instituições — o mesmo processo que hoje se desenha diante dos brasileiros.
Quarenta anos depois, o cenário político nacional mostra traços claros da previsão feita pelo ex-presidente. O aparelhamento das instituições, a polarização extrema, o domínio de um único grupo ideológico sobre as decisões mais altas do país e a tentativa de controlar a liberdade de expressão são sinais de um sistema que se afasta da democracia e se aproxima perigosamente do totalitarismo. O povo brasileiro assiste, muitas vezes de forma silenciosa, à consolidação de um poder que se enraíza nas estruturas do Estado e que não admite oposição. Quando o presidente da República, já acusado de governar para um grupo restrito de aliados, indica novos nomes para o Supremo Tribunal Federal, cada vez mais alinhados ao seu projeto político, a profecia de Figueiredo parece ecoar com força: o Brasil se torna refém de um sistema fechado, onde as leis deixam de proteger o cidadão e passam a blindar o poder.
O risco é claro e visível. A partir do momento em que o Executivo domina o Legislativo por meio de acordos e o Judiciário por meio de indicações estratégicas, o equilíbrio entre os três poderes — pilar central da democracia — desaparece. O Brasil passa, então, a viver sob um regime disfarçado, onde a vontade de um homem e de sua ideologia se sobrepõe à Constituição. Quando Figueiredo alertou para a possibilidade de o país mergulhar no comunismo, ele se referia exatamente a esse processo silencioso, onde o poder se acumula até o ponto de não haver retorno sem ruptura.
Hoje, a nação se vê diante dessa encruzilhada. A indicação de mais três ministros ao Supremo Tribunal Federal representa, para muitos, a última etapa de um plano que busca o controle total das decisões do país. Caso se concretize, o atual presidente deterá a influência sobre a mais alta Corte e, consequentemente, sobre o futuro político do Brasil. A partir daí, qualquer tentativa de oposição pelas vias legais se tornará praticamente impossível. É o domínio total — e o cumprimento literal daquilo que o general Figueiredo previu: o ponto em que a liberdade se apaga e o povo, para reconquistá-la, precisará enfrentar um caminho de dor, resistência e sangue.
O Brasil está, portanto, diante de um divisor de águas. A profecia do general não é apenas uma lembrança histórica — é um alerta que ressoa com mais força do que nunca. Cabe ao povo, à imprensa livre e aos verdadeiros patriotas compreender o momento e agir enquanto ainda é possível. Pois quando a justiça se torna refém do poder, e o poder se torna absoluto, a história ensina que a liberdade não é mais concedida — ela precisa ser reconquistada.
✍️ Jornalista, Radialista, Blogueiro, Escritor e Apresentador Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital, RMC TV, Grupo JDB de Comunicação e Notícias e Rádio Notícia, detentor das marcas registradas Jornal Digital do Brasil e RMC TV.