Como lidar com a morte de um animalzinho de estimação que amamos como um ente querido

Como lidar com a morte de um animalzinho de estimação que amamos como um ente querido

Perder um animal de estimação rasga o cotidiano e deixa uma dor que poucos conseguem entender por completo. Eles não são apenas companheiros; tornam-se presenças habituais, consoladoras e parte da rotina da casa, e quando se vão, a casa e o coração ficam descompassados.

No primeiro momento, o choque e a descrença dominam. Procuramos pelos sinais de vida nos lugares de sempre — a caminha, a tigela, a porta — e a ausência faz doer como se algo físico tivesse sido arrancado. É normal não acreditar, repetir gestos automáticos e sentir que tudo está fora do lugar.

O luto por um pet é legítimo e merece ser vivido. Chorar, ficar triste, falar com voz embargada sobre as lembranças — tudo isso é necessário. Tentar minimizar a dor ou fingir que “é só um animal” só prolonga o sofrimento; permita-se sentir, sem pressa e sem culpa.

Guardar memórias significa manter vivo o que foi belo. Fotos, vídeos, um brinquedo, o nome gravado num cantinho especial ou até um pequeno altar ajudam a transformar a saudade em homenagem. Esses rituais não retêm o tempo, mas dão sentido ao amor que continua presente.

Compartilhar a dor com quem entende alivia o peito. Amigos, familiares ou grupos de apoio que já passaram pelo mesmo sabem dizer o que consola: lembranças, risadas de episódios antigos e a certeza de que o amor foi recíproco e verdadeiro. Falar sobre ele ajuda a costurar os dias.

As pendências práticas também pesam — questões veterinárias, escolha por cremação ou sepultamento, desapegar de objetos. Faça isso no seu tempo. Se precisar, peça ajuda para organizar documentos ou decidir o que fazer com as lembranças; essas decisões, quando tomadas com calma, trazem paz.

A culpa costuma aparecer sem ser convidada: “Poderia ter feito diferente”, “Deveria ter percebido antes”. Lembre-se de que o cuidado que deu foi real e que amor não se mede por perfeição. Animais nos amam pelo que somos; perdoam e aceitam. Seja gentil consigo mesmo.

Transforme a dor em sentido: plantar uma árvore, doar para abrigos, criar uma postagem em homenagem ou iniciar um projeto de ajuda a animais são formas de prolongar o legado afetivo do seu pet e transformar saudade em ação. Isso ajuda a curar.

Quando e se pensar em um novo companheiro, faça-o por motivo de amor e não para preencher vazio apressadamente. Cada animal é único; outro pet nunca substitui, mas pode, no momento certo, reconstruir alegrias e oferecer um novo caminho para amar.

O tempo não apaga o que houve, mas ensina a conviver com a ausência. Aos poucos, a lembrança que dói hoje se tornará memória que aquece. Cuide-se, permita-se sentir e honre o amor que foi vivido — ele permanece, sempre, em você.


Jornalista, Radialista, Blogueiro, Escritor, Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.

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Robertão Chapa Quente

• Diretor do Jornal Digital do Brasil • TV DIGITAL • Apresentador do Programa Chapa Quente

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