Recorde de feminicídios expõe descaso do governo Lula com a vida das mulheres

O Brasil bateu em 2024 o recorde histórico de feminicídios e crimes sexuais, segundo a 19ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Foram 1.492 mulheres assassinadas apenas por sua condição de gênero, uma média de quatro mortes por dia. O número é o maior desde que o feminicídio passou a ser tipificado no país, em 2015.
Os dados revelam ainda o aumento de outros crimes contra mulheres:
- Tentativas de feminicídio: +19%
- Stalking: +18,2%
- Violência psicológica: +6,3%
- Estupros: 87.545 ocorrências, o maior índice da história, um caso a cada seis minutos no Brasil.
A maioria das vítimas é mulher negra (63,6%), jovem, entre 18 e 44 anos, e morta dentro da própria casa, em 64,3% dos casos. Em 80% das situações, os assassinos são companheiros ou ex-companheiros.
Apesar da gravidade dos números, o governo federal não apresentou medidas concretas para enfrentar essa tragédia nacional. Não houve avanços em leis mais rigorosas que mantenham feminicidas atrás das grades, nem em políticas de prevenção, acolhimento e proteção das mulheres em situação de risco.
Especialistas apontam que a pauta da segurança pública tem sido conduzida de forma política, sem estratégia técnica, enquanto milhares de brasileiras seguem morrendo todos os anos.
O recorde expõe o paradoxo: enquanto as Mortes Violentas Intencionais caíram 5,4% em 2024, os crimes contra mulheres seguem crescendo sem controle. A ausência de ações efetivas do governo Lula mostra que a vida das mulheres não está sendo prioridade.
A cada dia em que medidas urgentes deixam de ser tomadas, mais famílias são destruídas, mais lares são marcados pela dor, e mais mulheres têm sua vida interrompida pela violência de gênero.
✍️ Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.