🚨 Esquema milionário de fraudes em licitações é alvo da Polícia Federal: dinheiro, propina e lavagem de valores públicos
As investigações da Polícia Federal revelaram um esquema bilionário de corrupção que envolve fraudes em licitações, pagamentos de propina e lavagem de dinheiro público em contratos com prefeituras paulistas. O caso, que levou à prisão de autoridades municipais, vem sendo considerado um dos maiores esquemas de desvio de recursos públicos da região.
De acordo com a PF, o esquema operava desde 2021 e movimentou mais de R$ 128 milhões, envolvendo agentes públicos, empresários, lobistas e operadores financeiros clandestinos, conhecidos como “doleiros”.
A investigação aponta que uma empresa do setor educacional estabelecia contato direto com secretários municipais e servidores públicos, oferecendo vantagens financeiras em troca da vitória em licitações direcionadas. Os editais eram elaborados de maneira a restringir a concorrência, garantindo que apenas os produtos dessa empresa se enquadrassem nas exigências técnicas.
Em alguns casos, o sobrepreço chegava a ser 35 vezes superior ao valor real dos produtos adquiridos, representando um prejuízo milionário aos cofres públicos. Após o recebimento dos pagamentos, as verbas eram repassadas a empresas de fachada e posteriormente convertidas em dinheiro vivo.
📁 O “café” que movimentava milhões
Nas agendas apreendidas pela PF, o empresário usava o termo “café” como código para se referir à entrega de propina. As anotações apareceram mais de 100 vezes entre 2021 e 2024, sempre associadas a nomes de servidores ou municípios.
O vocabulário usado na operação incluía ainda palavras como “mimos”, “pega”, “encomenda” e “convites da festa”, todas relacionadas a repasses ilegais e pagamentos clandestinos.
Segundo a investigação, parte dos encontros para entrega do dinheiro acontecia em Alphaville, na Grande São Paulo, área nobre usada pelos doleiros para a circulação de recursos em espécie.
📍 Operação em Hortolândia e outras cidades
A Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e busca em várias cidades paulistas. Em Hortolândia, o vice-prefeito foi um dos alvos da operação e permaneceu detido até decisão da Justiça Federal em Campinas. A defesa afirma que ele não tem qualquer participação no esquema e aguarda a conclusão do processo judicial.
As apurações continuam, e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias. O montante total desviado ainda está sendo rastreado, mas os investigadores acreditam que a rede de corrupção envolvia dezenas de municípios e um número expressivo de agentes públicos e intermediários.
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✍️ Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital, RMC TV, Grupo JDB de Comunicação e Notícias e Rádio Notícia, detentor das marcas registradas Jornal Digital do Brasil e RMC TV.
