Preço do café dispara e atinge o maior valor desde 1977
O café, uma das commodities mais consumidas no mundo, registrou uma alta histórica, atingindo seu maior valor desde 1977. O aumento expressivo do preço tem sido impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo mudanças climáticas, dificuldades logísticas e o crescimento da demanda global.
Crise climática impacta a produção
A produção de café tem sido severamente afetada por eventos climáticos extremos. No Brasil, maior exportador mundial do grão, geadas e períodos de seca reduziram drasticamente a colheita, diminuindo a oferta do produto. Além disso, enchentes em outras regiões produtoras, como a Colômbia e o Vietnã, também contribuíram para a escassez.
Alta nos custos de produção e transporte
Outro fator que pressiona os preços é o aumento dos custos de transporte e insumos agrícolas. A elevação do preço dos fertilizantes e do diesel, essencial para o escoamento da produção, impacta diretamente no valor final do café. A crise global no setor de logística, agravada pela pandemia e por conflitos internacionais, dificulta o escoamento da produção e contribui para a alta dos preços.
Impactos no consumidor final
O aumento do preço do café já pode ser sentido pelos consumidores. Cafeterias, supermercados e indústrias que utilizam o grão como matéria-prima têm repassado os custos ao consumidor final, resultando em preços mais altos para o tradicional cafezinho do dia a dia. Estima-se que o reajuste possa ultrapassar 50% em algumas regiões nos próximos meses.
Perspectivas para o mercado
Especialistas afirmam que a tendência de alta pode se manter ao longo de 2025, dependendo da recuperação da safra e da estabilidade econômica global. Governos e produtores buscam alternativas para minimizar os impactos da crise, mas a volatilidade do mercado segue como um fator de preocupação para toda a cadeia produtiva do café.
Enquanto isso, consumidores devem se preparar para pagar mais caro pelo café, um dos produtos mais apreciados e consumidos em todo o mundo.