Editorial – A CPMI do INSS e os primeiros nomes na linha de frente
Hoje (26), a CPMI do INSS deu início aos seus trabalhos em Brasília. A reunião inaugural serviu para organizar o funcionamento do colegiado, definir as regras e, sobretudo, colocar em pauta quem serão os primeiros convocados a prestar esclarecimentos.
A comissão já deixou claro que não pretende começar devagar. A lista inicial é extensa e reúne nomes de peso da administração pública ligados diretamente à Previdência Social. Entre os convocados estão:
- Eliane Viegas Mota, diretora de Auditoria de Previdência e Benefícios da CGU;
- Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi, delegado da Polícia Federal;
- Patrícia Bettin Chaves, coordenadora da Câmara de Coordenação e Revisão Previdenciária da Defensoria Pública da União (DPU);
- José Carlos Oliveira, ex-ministro do Trabalho e Previdência;
- Carlos Lupi, ex-ministro da Previdência Social;
- Marcelo Abi-Ramia Caetano, ex-secretário de Previdência do Ministério da Fazenda;
- Carlos Eduardo Gabas, ex-ministro da Previdência Social;
- Lindolfo Neto de Oliveira Sales, ex-presidente do INSS;
- Renato Rodrigues Vieira, ex-presidente do INSS;
- Leonardo José Rolim Guimarães, ex-presidente do INSS;
- Alessandro Antonio Stefanutto, ex-presidente do INSS;
- Elisete Berchiol da Silva Iwai, ex-presidente do INSS;
- Guilherme Gastaldello Pinheiro Serrano, ex-presidente do INSS;
- Glauco André Fonseca Wamburg, ex-presidente do INSS;
- Leonardo de Melo Gadelha, ex-presidente do INSS;
- Edison Antônio Costa Britto Garcia, ex-presidente do INSS;
- Francisco Paulo Soares Lopes, ex-presidente do INSS.
A amplitude dessa lista revela a dimensão do problema: são diferentes governos, partidos e gestões que, de alguma forma, terão de dar explicações sobre os gargalos, falhas e suspeitas de irregularidades que corroem a confiança no sistema previdenciário brasileiro.
A população espera que a CPMI não se limite a discursos ou embates políticos, mas que traga respostas concretas. O INSS é um dos órgãos mais sensíveis da máquina pública, pois lida com aposentados, pensionistas, trabalhadores afastados por doença e famílias que dependem diretamente do benefício. Cada atraso, cada fraude e cada erro administrativo significa sofrimento humano.
Se a comissão for séria, poderá abrir caminho para uma faxina necessária. Caso se torne apenas um palanque, será mais uma frustração para o povo que já carrega o peso de um sistema lento e burocrático.
✍️ Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.
