Governo Federal está atuando no socorro ao RJ

Órgãos monitoram a situação desde o início das tempestades e ferramenta Defesa Civil Alerta informou a população, que pode proteger-se com antecipação.
Publicado em 07/04/2025 21h23 Atualizado em 07/04/2025 21h24

A imagem mostra a sala de monitoramento do Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres, por onde o Governo Federal acionou diversos órgãos e manteve contato com as defesas civis locais (Foto: Divulgação/Cenad)
Não procedem declarações de que o Governo Federal esteja sendo ausente junto à população fluminense diante das recentes chuvas que caem sobre o estado do Rio de Janeiro. A Defesa Civil Nacional atua de forma coordenada com a Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro desde o início da previsão de chuvas intensas que atingem o estado.
Já na terça-feira (1º), os órgãos de meteorologia alertaram para o risco de chuvas extremas. Diante da iminência desses eventos climáticos, autoridades e especialistas se reuniram na quinta-feira passada (3) para alinhar estratégias de preparação e resposta. O encontro, promovido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), contou com a participação de 250 gestores estaduais e municipais das Defesas Civis, além de representantes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Também estiveram presentes membros do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil.
A Defesa Civil Nacional acompanha de perto a situação em Angra dos Reis (RJ), fortemente atingida por um temporal nas últimas 24 horas, com acumulados de até 270 mm de chuva. O município, que decretou estado de emergência, utilizou a ferramenta do Governo Federal, o Defesa Civil Alerta, para emitir 24 alertas desde sexta-feira (04), possibilitando evacuações preventivas em diversas áreas de risco e salvando muitas vidas.
A atuação preventiva da Defesa Civil local, com apoio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), foi fundamental diante do cenário de risco. O Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) opera em nível de alerta laranja — situação de atenção reforçada — monitorando o evento em tempo real e prestando suporte técnico ao município.
O temporal provocou alagamentos, deslizamentos e quedas de árvores em diferentes pontos da cidade. Até a noite de sábado, foram registradas seis ocorrências de deslizamentos de terra, seis pontos de alagamento, nove quedas de árvores e obstruções de vias. Trinta pontos de apoio foram abertos, dos quais três se transformaram em abrigos, acolhendo 112 desabrigados.
O MIDR atua rapidamente no restabelecimento da vida da população depois do desastre e em seguida na reconstrução de algumas estruturas, como casas e pontilhões. No caso do Rio de Janeiro, temos trabalhado próximos aos municípios atingidos desde a fase de alerta, antes mesmo de o desastre acontecer. Infelizmente, pelas características locais, os eventos no Rio, em sua maioria, envolvem movimento de massa, como deslizamentos. Esse tipo de desastre é mais localizado e perigoso. No domingo (6), duas portarias publicadas em edição extra do Diário Oficial da União reconheceram as situações de emergência em Petrópolis e em Angra dos Reis.
Cabe ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), o repasse de recursos federais para ações de restabelecimento e reconstrução. No caso do Estado do Rio de Janeiro, entre 2022 e a presente data, o MIDR assegurou o repasse de R$ 73,6 milhões para ações de assistência humanitária e restabelecimento, e de R$ 59,9 milhões para reconstrução em regiões afetadas por eventos extremos.
O que é o sistema Defesa Civil Alerta
Coordenado pela Defesa Civil Nacional, em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), operadoras de telefonia e Defesas Civis Estaduais e Municipais, o Defesa Civil Alerta é uma ferramenta de envio de alertas de emergência. Ele utiliza a tecnologia Cell Broadcast (transmissão via rede móvel) para enviar mensagens de texto em formato pop-up, sobrepostas à tela dos celulares conectados às redes 4G e 5G.
As mensagens são direcionadas a aparelhos localizados em regiões com risco de desastres naturais, como alagamentos, enxurradas, deslizamentos de terra, vendavais e chuvas de granizo. O conteúdo dos alertas é produzido pelas defesas civis estaduais e municipais.
O serviço complementa outras formas de envio de alertas disponíveis no país, como SMS, TV por assinatura, WhatsApp, Telegram e Google Public Alerts, ampliando o alcance da informação preventiva à população.
São Paulo e Espírito Santo
No Espírito Santo, municípios como Mimoso do Sul, Alegre e Castelo também registraram alagamentos e famílias desalojadas, com destaque para o rompimento de uma adutora em Alegre que interrompeu o abastecimento de água. Já em São Paulo, cidades do litoral e do interior enfrentaram fortes chuvas acompanhadas de vendavais, resultando em quedas de árvores, alagamentos e deslizamentos. Em Ubatuba e Ilhabela, por exemplo, houve registros de pessoas desalojadas, enquanto em Cubatão cerca de 50 residências ficaram temporariamente isoladas por conta de inundações.Categoria
Defesa Civil e Defesa Nacional