💰 IPTU e aluguel terão alta em 2026: famílias pobres podem ser forçadas a vender imóveis para pagar impostos


Mudanças aprovadas na Reforma Tributária e novas regras da Receita Federal vão alterar profundamente a forma como imóveis serão taxados no Brasil a partir de 2026.
Segundo o novo modelo, o IPTU e o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) passarão a ser calculados com base no valor real de mercado dos imóveis, e não mais pelas antigas tabelas de referência usadas por estados e municípios.
📌 Impacto no IPTU e heranças
O peso da nova base de cálculo será sentido especialmente em imóveis localizados em áreas valorizadas. Até agora, a cobrança era feita por plantas genéricas, muitas vezes defasadas. Com a mudança, a tributação acompanhará o preço de mercado — o que pode gerar aumentos anuais consecutivos.
O mesmo vale para o ITCMD. Em heranças e doações, imóveis que antes eram registrados com valores simbólicos passarão a ser tributados pelo valor integral. Isso pode obrigar herdeiros a vender parte do patrimônio apenas para arcar com o imposto.
👨👩👧👦 Famílias em risco
As maiores prejudicadas serão as famílias de baixa renda e classe média, que herdaram imóveis antigos ou vivem em bairros que passaram por valorização. Sem renda compatível com o novo patamar de impostos, muitos poderão ser obrigados a se desfazer de suas casas.
🏠 Aumento no aluguel
Outro ponto de impacto está nos contratos de locação. A reforma cria o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirão tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS.
Com isso, o aluguel passará a ser tributado como prestação de serviço. Hoje, a alíquota é de 3,65% para contratos via imobiliária. Em 2026, a taxa pode chegar a 10,6%, quase o triplo.
➡️ Exemplo prático: um aluguel de R$ 2.000, que atualmente paga R$ 73 em tributos, passará a recolher R$ 169,60.
Além disso, pessoas físicas que possuam mais de três imóveis e renda anual acima de R$ 240 mil também serão enquadradas como contribuintes do novo tributo, somando IBS, CBS e imposto de renda.
📉 Efeito em cascata
A tendência é que os proprietários repassem o aumento aos inquilinos, encarecendo o custo do aluguel. Para imóveis mais baratos, o impacto proporcional será ainda maior.
Imóveis antigos, que não geram créditos tributários, terão custo elevado sem possibilidade de compensação, agravando o cenário.
📅 Prazo de adequação
A regulamentação exige que contratos estejam regularizados até 31 de dezembro de 2025, sob risco de perder o direito ao regime de transição, que prevê alíquotas reduzidas.
⏳ O setor imobiliário avalia que o prazo é curto e pressiona por ajustes, mas, até o momento, a regra está mantida.
⚠️ Consequência direta
O conjunto das novas medidas — aumento do IPTU, mudança na cobrança de heranças e maior tributação sobre aluguéis — deve provocar uma transformação no planejamento patrimonial das famílias brasileiras.
Especialistas alertam que muitas famílias de baixa renda e classe média podem ser forçadas a vender seus imóveis para pagar impostos já em 2026.
✍️ Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.