No fim das contas, o cidadão é quem paga caro

No fim das contas, o cidadão é quem paga caro

A Prefeitura de Jaguariúna gastou R$ 187.700,30 com horas extras em dias de ponto facultativo em 2022. Para quem não sabe, “Ponto Facultativo” é quando os servidores públicos têm um dia de folga paga próximo a um feriado. Aquela famosa emenda de feriado, que os políticos dão a si mesmos também.

Enquanto as empresas e comércio da nossa cidade continuam funcionando normal, as escolas, creches, postos de saúde e outros serviços públicos ficam fechados. Às vezes, os prefeitos dizem que isso economiza dinheiro, mas eu me pergunto para quem?

Os impostos que todos nós pagamos cobrem o salário dos funcionários públicos, mesmo quando eles não estão trabalhando, e nós acabamos ficando sem os serviços públicos de que precisamos no determinado dia. Por variados dias do ano, vejo mães tendo que faltar no trabalho para cuidar dos filhos ou gastar dinheiro com uma babá, pois na empresa que trabalham não tem ponto facultativo.

Dar um dia de folga para todos os funcionários da prefeitura não parece justo. E mesmo que digam que, perto de um feriado, poucas pessoas procuram as repartições públicas atrás dos serviços públicos, por que não usar esse espaço tempo para adiantar o trabalho interno? Será que todas as secretarias e departamentos estão com suas atividades em dia?

Segundo os Decretos 4368/2021, 4459/2022 e 4500/2022, em 2022 tivemos um total de 22 dias de Pontos Facultativos, com pagamento de horas extras para alguns servidores que precisaram trabalhar.E em 2023, estão previstos 17 dias de pontos facultativos, de acordo com o Decreto 4506/2022.

Cada dia a menos de trabalho é um dia a mais com buracos nas ruas, lâmpadas não trocadas, áreas públicas sem manutenção, consultas médicas que atrasam e outras coisas do tipo. Portanto, valorizar os funcionários públicos não deveria ser apenas dar dias de folga, na minha opinião. Deveria significar dar prioridade aos funcionários concursados em cargos de comissão, em vez de fazer nomeações políticas. Deveria significar implementar um plano de carreira descente, para que os funcionários que entregam melhores resultados sejam devidamente remunerados, em vez de tentar compensar com dias de folga.

Para finalizar, o cidadão foi consultado a respeito dessas decisões tomadas pelo Poder Executivo? Será que ele está contente com o fechamento de vários departamentos? Não seria ideal que alguns fossem essenciais e não fechassem?

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Ton Proêncio

Administrador formado pelo Centro Universitário de Jaguariúna - UniFAJ, Especialista em Economia Financeira pela Unicamp, eleito o 3º Vereador mais votado em Jaguariúna, Líder Livres e Defensor da causa Empreendedora

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