Controle das redes: entre o discurso e a prática

O alinhamento entre setores do poder político e jurídico no Brasil tem mantido foco no controle das redes sociais. O argumento oficial é impedir o avanço do que classificam como “extrema-direita”, enquanto vozes da extrema-esquerda chegam a defender violência contra adversários sem enfrentar o mesmo rigor.
Um exemplo internacional citado em reportagem de Paul Sonne, publicada pelo jornal The New York Times, é a Rússia, onde o controle estatal sobre a internet alcançou nível extremo sob o governo de Vladimir Vladimirovich Putin. Determinado a permanecer no poder, o líder russo não tolera críticas e reprime qualquer manifestação contrária.
Segundo a matéria, “ao contrário da China, onde os usuários são restritos desde o início da internet, a Rússia por muito tempo manteve um ambiente online mais aberto e livre. Milhões de russos utilizaram plataformas ocidentais, publicaram notícias críticas e expressaram suas opiniões livremente”. Hoje, porém, esse cenário mudou, com censura rígida e vigilância constante, transformando a rede em mais um instrumento de controle político.
O debate sobre liberdade digital no Brasil ganha ainda mais relevância ao observar como, em outros países, a promessa de “regulação para proteger” frequentemente se transforma em um mecanismo para calar opositores e moldar o discurso público.
Jornalista Robertão Chapa Quente, o jornalista policial número um do Circuito das Águas Paulista — do Jornal Digital Regional, Jornal Circuito Paulista, Jornal Digital do Brasil, TV Digital e RMC TV.