Empregos crescem na RMC em junho, mas seguem abaixo do registrado no mesmo mês de 2021

Empregos crescem na RMC em junho, mas seguem abaixo do registrado no mesmo mês de 2021

Em Campinas, na média geral dos setores, houve aumento de 7,69% na comparação com maio. A Agropecuária expandiu 153,8%, a Indústria 60,84%, e a Construção Civil 35,602%, no período

Em junho deste ano foram gerados 4.793 postos de trabalho na Região Metropolitana de Campinas (RMC), o que equivale a 34,41% a menos do que os 7.307 postos gerados em junho de 2021. A Indústria, os Serviços e o Comércio retraíram, juntos, 38,07%, enquanto a Construção Civil e a Agropecuária expandiram em 1,13% frente ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com maio, na RMC, apenas a Construção Civil apresentou crescimento (36,9%). Em Campinas, somente os Serviços e o Comércio tiveram desempenho negativo, de 2,64% e de 2,10%, respectivamente, quando comparados ao mês anterior. Todos os demais setores cresceram na seguinte proporção: Agropecuária (153,8%), Indústria (60,84%) e Construção Civil (35,602%). Os dados são do Novo CAGED(Cadastro Geral de Empregos e Desempregos), avaliados pelo Departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC).

Em Campinas, a retração na geração de empregos em junho de 2022, na comparação com junho de 2021, foi ainda maior, de 41,27%. Foram 1.947 novos postos de trabalho este ano, contra 3.315 postos em junho do ano passado. A Construção Civil e a Indústria expandiram, a primeira em 19,35% e, a segunda, em 13,30%, no período, enquanto os Serviços, o Comércio e a Agropecuária apresentaram queda de 55,34%, 25,76% e 5,71%, respectivamente. “Avaliando os números do acumulado do ano (janeiro a junho) constata-se uma redução de 14,23%, frente ao acumulado de 2021 em Campinas, e de 12,76% na RMC”, explica o economista e diretor da ACIC, Laerte Martins.

Em relação ao emprego formal com carteira assinada, em junho de 2022, Campinas registrou 19.115 admissões e 17.168 1.947 desligamentos, chegando a um saldo positivo de 1.947 vagas. Em seguida, aparece Indaiatuba, com 3.908 admissões e 3.596 desligamentos, o que representa um saldo de 312 postos com carteira assinada. Em terceiro, vem Americana, com 3.622 admissões, 3.330 desligamentos e saldo de 292 vagas com carteira assinada. Holambra e Santo Antônio de Posse registraram queda no saldo, no mesmo período. Na primeira, foram 574 admissões e 1.006 demissões, resultando num saldo negativo de 432 postos de trabalho. Na segunda, foram 241 admissões e  263 desligamentos, totalizando um saldo negativo de 22.

Em nível nacional, segundo o Novo CAGED, o Emprego Formal com carteira assinada, em junho de 2022, apresentou um saldo positivo de 277.944 postos de trabalho, decorrente de 1.898.876 admissões e de 1.620.932 demissões. “No entanto, o emprego, em junho deste ano, apresentou redução de 10,08% em relação a junho de 2021, com volumes em expansão apenas no segmento da Construção Civil (de 22.374, em 2021, para 30.460, em 2022, o equivalente a 35,23% a mais). Houve redução de 35,27% no Comércio, de 17,21% na Indústria, de 9,33% na Agropecuária e de 9,94% nos  Serviços”, explica o economista da ACIC, Laerte Martins.

De acordo com ele, o salário médio de admissão em junho de 2022 foi de R$ 1.992,77, uma expansão de 0,68% sobre o valor pago no mês anterior. “A qualificação do emprego permanece abaixo das especificações e necessidades da mão de obra procurada, e a perspectiva para os próximos meses é de indefinições quanto a uma maior expansão dos empregos, frente ao surgimento do impacto belicoso entre Rússia e Ucrânia, que já reflete uma tendência de queda no crescimento de postos de trabalho na nossa região e no País”, afirma o economista.

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Robertão Chapa Quente

• Diretor do Jornal Digital do Brasil • TV DIGITAL • Apresentador do Programa Chapa Quente

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